Correr tem consequências. Muitas delas são positivas, e é por isso que running é tão popular. Outras, no entanto, não são tão positivas, especialmente quando se exagera. E, por fim, talvez já tenha sofrido de comichão no corpo depois de parar de correr, do sabor a sangue na boca depois de um sprint final em que acaba exausto, de uma tosse que não pára quando pára de correr ou de uma ligeira tontura quando pára subitamente? A fadiga de esforço está frequentemente associada a sintomas. O sabor a sangue na boca
Este sintoma é um dos que mais preocupam os corredores de todo o mundo. E com razão, pois não é nada agradável sentir o sabor a sangue na boca. Ficará contente por saber que, tal como o sintoma anterior, este é completamente inofensivo. Mas porque é que é assim?
Deve-se à ação dos glóbulos vermelhos que libertam substâncias químicas que têm um sabor metálico, semelhante ao do sangue. Estas substâncias chamam-se "heme" (um dos principais componentes da hemoglobina), que é constituída maioritariamente por ferro. Daí o sabor metálico.
Este fenómeno ocorre quando o nível de esforço físico a que o organismo está habituado é ultrapassado até à exaustão. É de notar que é temporário; se acontecer cada vez mais frequentemente quando corre, recomendamos que consulte o seu médico.
Tosse depois de correr
Muitos de nós, corredores, ficamos preocupados quando acabamos uma corrida ou uma sessão de treino e surge uma tosse súbita. Pode ser muito angustiante e até perturbador, mas é totalmente normal e tem uma explicação científica. Chama-se "broncoconstrição" e acontece quando os músculos à volta dos brônquios se contraem involuntariamente devido ao esforço.
Quero sublinhar que não é motivo de preocupação, pelo menos se durar um curto período de tempo; normalmente desaparece à medida que a fadiga diminui. Isto tende a acontecer com mais frequência no caso dos corredores que estão a começar a correr. Os pulmões são músculos que, com o tempo e o treino, se habituam ao nível de esforço exigido. Quando se corre em ambientes frios e/ou com um nível de humidade muito baixo, as probabilidades de sofrer de broncoconstrição são maiores.
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O nariz não pára de escorrer
Ao contrário dos sintomas anteriores, este é muito mais frequente. Deve-se a uma doença nasal chamada "rinite induzida pelo exercício" e afecta o revestimento mucoso do nariz.
Estudos demonstraram que é causada por ar muito seco ou partículas de poeira ou pólen que induzem o excesso de corrimento nasal. Em ambientes frios, este tipo de processo é mais frequente. Não se deve preocupar, desde que seja apenas por um período limitado.
Já deve ter reparado que quando corre na passadeira não tem a mesma sensação, ao passo que ao ar livre tem. Muitos estudos demonstraram que, em locais com um nível de poluição mais elevado, a probabilidade de sofrer de rinite induzida pelo exercício é maior .
A necessidade de ir à casa de banho
Quantas vezes já correu sem ir à casa de banho antes? E não estamos a falar de urinar, estamos a falar de defecar? E, se pensarmos bem, faz sentido, porque quando corremos, sujeitamos os nossos intestinos a um movimento contínuo. Uma vez que não nos contentamos em correr durante 15 minutos, mas gostamos de correr distâncias mais longas ou mais curtas?
O que pode fazer para evitar estes momentos incómodos?
Analisar o que se come antes de correr. Recomendamos que evite a todo o custo o açúcar e a cafeína (está provado que o seu consumo acelera o processo de digestão) imediatamente antes de sair para correr.
Opte por alimentos mais saudáveis, especialmente vegetais e fruta. Não se esqueça também que os alimentos ricos em fibras, como as papas de aveia ou produtos integrais, também aceleram a digestão.
Comichão no corpo depois de correr
Depois de terminar uma corrida longa e extenuante, é comum sentir uma forte comichão em todo o corpo, especialmente nos membros inferiores.
Deve preocupar-se?
Não, nem por isso. Claro, pode ter sido picado por alguns mosquitos... No entanto, a causa comum desta comichão que ocorre logo após uma corrida longa deve-se ao facto de os capilares perto da superfície da pele se abrirem quando o corpo aumenta subitamente o nível de esforço físico. Quando se sente o fluxo sanguíneo, os nervos perto dos capilares são activados e o cérebro interpreta esta ação como comichão.
No entanto, se notar que os sintomas são muito mais agressivos do que uma simples comichão momentânea, deve consultar um médico o mais rapidamente possível. O melhor é consultar um dermatologista.
Mente turva
Finalmente, um dos sintomas que mais preocupam os corredores. É o que acontece, esporadicamente, logo após o repouso e o arrefecimento: surge dificuldade súbita de raciocínio e uma perda parcial de memória. Para seu alívio, este sintoma, tal como os anteriores, é totalmente comum.
Deve-se geralmente ao facto de, após uma sessão de exercício intenso, o glicogénio do cérebro estar esgotado. O glicogénio funciona como o combustível do cérebro, em poucas palavras. Ao exercitar-se intensamente até à exaustão, o glicogénio do cérebro esgota-se.
Uma vez que a corrida de longa distância exerce uma enorme pressão sobre o corpo, para contrariar o efeito de desorientação mental, é aconselhável comer logo que possível. O consumo de uma bebida desportiva seria uma excelente alternativa para reduzir rapidamente estes efeitos secundários.
Com estas explicações em mente, não se preocupe demasiado com os sintomas que aparecem juntamente com a fadiga. Mas também não a negligencie se ela persistir ou se repetir regularmente.
Se é um corredor e sabe que a fadiga fará sempre parte da sua vida, ponha em prática os nossos conselhos e poupe-se a um susto.
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