A nova linha TECH FLEECE da BUFF para o inverno 2016-17. A combinação vencedora: tubular e chapéu que são mais do que um simples complemento e acessório.
Apresentamos em Runnea.com a revisão das sensações que nos deixaram o gorro TECH FLEECE e o novo TUBULAR da Buff para esta temporada de outono inverno 2016-17. Ambos incorporam o novo tecido Tech Fleece, que, segundo a empresa, é um tecido extremamente leve e resistente que nos protegerá do vento e do frio, proporcionando máxima respirabilidade, além de uma sensação agradável na pele.
À primeira vista, a leveza e a resistência, bem como a proteção e a respirabilidade, parecem-me atributos opostos, difíceis de combinar em qualquer peça de vestuário com igual desempenho. As minhas conclusões são apresentadas de seguida. Fiéis à sua alma outdoor, testámo-las em diferentes actividades desportivas de intensidade e duração variadas: BTT, caminhadas e principalmente trail.
Poucas marcas de desportos ao ar livre evocam tantas reflexões e flashes na minha cabeça como a marca catalã ORIGINAL BUFF. Já passou muito tempo desde 1992, quando começaram a desenvolver e a lançar comercialmente os seus "complementos e acessórios", mas não se pode fazer mais em tão pouco tempo, sobretudo se o compararmos com os anos que outras marcas do sector têm trabalhado os seus produtos. E sobretudo se pensarmos que o núcleo da sua atividade é constituído por peças de vestuário muito distantes do glamour e do impacto de um par de botas, sapatilhas, casacos ou corta-ventos. Este núcleo não é outro senão o que o seu slogan comercial revela,"The Original Multifunctional Headwear": chapéus, tubulares, bonés, bandanas,...
E é daqui que vem o meu pensamento, o que explica o facto de ter colocado complementos e acessórios entre aspas nesta apresentação. Utilizo os "complementos" Buff desde que me iniciei nas actividades ao ar livre e desde o primeiro momento que me apercebi que estes "acessórios" são tão vitais como qualquer camada de roupa.
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Pode usar o melhor casaco impermeável, o corta-vento mais eficaz, mas se as suas mãos, pés e especialmente a sua cabeça não estiverem protegidos, está perdido. A Buff não vende protecções para botas de ciclismo, meias ou luvas, mas vende vestuário multifuncional para a cabeça e o pescoço. Usar esta zona do corpo bem protegida das condições ambientais, tanto do frio e do vento como dos raios solares, será essencial para que a sua viagem de bicicleta, esqui, trilhos ou caminhadas seja segura.
Sei que pensa que uma grande percentagem do calor do seu corpo escapa através da sua cabeça para o exterior através do mecanismo de radiação. Mas não mais do que através de qualquer outra parte desprotegida do corpo. Este mito foi desmistificado pelos investigadores Rachel Vreeman e Aaron Carroll da Universidade de Indiana (Indianápolis, EUA), e os seus resultados, publicados no British Medical Journal, afirmam, de facto, que a cabeça e o pescoço têm a maior concentração de células nervosas, pelo que estas partes são mais sensíveis às mudanças de temperatura do que qualquer outra parte do corpo. A perda de calor depende da circulação sanguínea, e não há mais vasos sanguíneos na cabeça e no pescoço do que em qualquer outra parte do corpo. As partes mais activas e vitais do corpo serão as mais irrigadas e, consequentemente, as mais quentes e, naturalmente, as partes do corpo que perdem mais calor são as que estão descobertas.
Asorelhas, o nariz e o rosto (bem como os dedos das mãos e dos pés) estão entre as zonas do corpo mais expostas às intempéries.
Por um lado, aos efeitos nocivos cumulativos ao longo do tempo dos raios UV do sol, que causam melanoma cutâneo, mais perigosos a grande altitude devido ao efeito refletor da neve e à menor camada protetora da atmosfera. Por isso, além de proteger estas zonas com cremes de elevado fator de proteção solar, a utilização de tubulares e bandanas permitir-nos-á cobri-las, proporcionando uma barreira extra. Por outro lado, estas partes do corpo são as primeiras a sofrer os efeitos da vasoconstrição do sistema circulatório numa situação de exposição ao frio (por radiação devido à baixa temperatura ambiente, por convecção e efeito do vento ou por condução quando molhado), numa tentativa do organismo de redirecionar o sangue e, consequentemente, o calor corporal para os órgãos vitais, em detrimento do possível congelamento das zonas periféricas. Não esquecer também que a cabeça, o nariz, as orelhas, as mãos e os pés são as zonas do corpo com menor percentagem de gordura corporal, cuja principal função, para além de substrato energético, é a de isolamento térmico.
Outra reflexão é que, não sei se também acontece convosco, mas tenho dificuldade em dizer "tubular" em vez de "um Buff". Assim como tenho mais dificuldade em referir-me a uma "mochila de hidratação" em vez de "um Camelbak". Penso que deve ser uma satisfação para qualquer marca o facto de o imaginário popular se referir a um produto genérico com o nome do seu produto.
Para além da qualidade dos seus produtos, fruto da sua constante criatividade, investigação e inovação, têm trabalhado muito bem o marketing, a promoção e o patrocínio de grandes eventos e atletas de outdoor (esqui, trail, ciclismo, montanhismo, caminhadas). O logótipo Buff vem à mente de todos os corredores em eventos internacionais importantes, como a Buff Epic Run no Parque Nacional de Aigüestortes, que este ano acolheu o Campeonato Mundial de Skyrunner da ISF, e nas bandanas e kits oficiais dos seus atletas de classe mundial, como Nuria Picas, Emma Roca, Yeray Durán, Anton Krupicka, Gerard Morales, Zaid ait Malek e Pau Bartoló. E o resto de nós, mortais, também nos lembramos quando tentámos seguir a equipa Buff nos Adventure Raids, quando estávamos mais perdidos do que um elefante numa loja de porcelana.
Sem mais demoras, vamos ao que vos interessa: saber o que achámos dos novos produtos da linha Tech Fleece da Original Buff...
O que mais gosto no tubular, sem dúvida, é a sua multifuncionalidade. Embora esta caraterística seja geral a todos os tubulares da Buff. A marca dá-lhe dicas de todas as formas possíveis de o usar para tirar o máximo partido dele (pode vê-las na foto). De todos eles, os que mais uso são o lenço de pescoço clássico e o cachecol quando o uso em combinação com um chapéu. Se não usar o chapéu, em condições climatéricas mais amenas, mas precisar de cobrir a cabeça, utilizo-o em vez do chapéu ao estilo sahariano ou pirata, dando um nó. Como vê, não se pode tirar mais partido de uma peça de vestuário tão "pequena". E se acha que não há muitas opções, dou-lhe mais uma: quando não o uso em combinação com o boné e quero aumentar o isolamento térmico da cabeça, mas sem impedir a transpiração, uso-o como uma cueca, mas subindo a parte de trás até cobrir as orelhas e a metade de trás da cabeça. É claro que o Buff tem de ser suficientemente comprido para não descobrir a parte de trás do pescoço, e este cumpre o requisito.
No que diz respeito ao novo tecido Tech Fleece, trata-se efetivamente de um tecido de microfibras, muito mais leve do que os tecidos anteriormente utilizados nos tubulares Buff (em ambos os lados do Tech Fleece na fotografia). À primeira vista, isto pode parecer que favorece a respirabilidade em detrimento da resistência e da proteção, mas tal foi posto em causa nos testes de campo. É surpreendente que um tecido tão leve se tenha revelado resistente à tração, aos riscos e aos rasgões, à pressão dos fechos de correr e das fivelas dos capacetes, etc... Atualmente, também resiste a lavagens sucessivas. Para que isso aconteça, lembre-se de utilizar sabões especiais para tecidos sintéticos, sem amaciador e em programas curtos com água fria.
A batalha da respirabilidade também foi ganha em relação aos tecidos Buff anteriores. Em nenhum momento senti que o tecido não fosse capaz de evaporar o suor, de facto, mesmo em momentos de atividade física mais intensa (corridas prolongadas e subidas de bicicleta) o tecido não absorve a humidade do suor e permite que se mantenha seco. Para se ter uma ideia da sua respirabilidade, mesmo quando as vias respiratórias estão bloqueadas, o vapor de água da sua própria expiração dissipa-se facilmente no ambiente, impedindo que o tubular se molhe devido à condensação, e evitando também a irritante condensação sob a forma de embaciamento dos óculos.
No entanto, quando a necessidade de transpiração aumenta, a melhor opção é guardar o tubular e reservá-lo para a proteção em descidas. A contrapartida desta excelente respirabilidade é que, embora o tecido Tech Fleece do tubular ofereça uma proteção aceitável contra o frio e o vento, em condições mais desfavoráveis, quando a temperatura desce, o vento aumenta ou a atividade física diminui de intensidade, senti falta de um pouco mais de proteção.
É isso que os tecidos Polar tech ou Windstopper oferecem, pelo que os tubulares que combinam um tecido mais respirável com outro deste tipo ganham a batalha nestas situações. Algo que tem sido mais evidente no ciclismo, devido ao efeito do vento nas descidas, e em actividades menos intensas como as caminhadas. No entanto, tenha em conta que o Tech Fleece proporciona-lhe uma boa temperatura de conforto dos 0 aos 20ºC.
Uma coisa de que gosto muito é o facto de o novo tecido ter ganho em elasticidade em relação aos anteriores. Isto torna-o muito mais fácil de adaptar à sua fisionomia e às mil e uma maneiras de o usar. Ajusta-se muito melhor, não tem de estar sempre a reajustar e, se a isto juntarmos a sensação de conforto e o contacto agradável com a pele, o resultado é o fit de uma primeira camada elástica e confortável que permite uma total liberdade de movimentos: nem se dá conta de que a está a usar.
O tecido é tratado com a tecnologia Polygiene, que lhe confere um poder biocida a partir da massa de reação do dióxido de titânio e do cloreto de prata, evitando a retenção de maus odores e, com os cuidados acima referidos, mantendo o seu poder bactericida contra as muitas bactérias presentes no nosso suor.
Outro pormenor de qualidade, não incluído nos anteriores tubulares Buff, pelo menos nos que eu conhecia, são as duas bandas laterais de material refletor.
Que, como se pode ver nas fotografias, são de grande qualidade, pois podem ser vistas a 150 metros da fonte de luz. Gosto muito deste pormenor: a segurança nunca é demais.
A todas estas vantagens, acrescento a facilidade de o transportar quando não precisa dele. Dentro do punho, na mão, enrolado no pulso para permitir a liberdade de manipulação ou guardado diretamente no bolso da camisola ou do saco de hidratação ou da pochete.
Qualquer opção não o impedirá de continuar a sua atividade sem ter de parar. A preguiça não será uma desculpa para introduzir o Tech Fleece como equipamento básico de exterior nesta época de outono-inverno.
PRÓS:
MELHORAMENTOS:
O gorro Tech Fleece pode ser encontrado na coleção de running de inverno da Buff, em quatro cores diferentes, ao preço de 29,95 €. Está disponível num tamanho de adulto, medindo 17 cm de largura e 24 cm de comprimento. Isto não deve ser um problema para si porque o seu design ergonómico e o tecido elástico (15% elastano), feito com apenas duas costuras, é perfeitamente ajustável a vários tamanhos e formas de cabeça.
É muito leve, 24 gramas, uma peça de vestuário que, devido ao seu excelente ajuste, se comporta como uma verdadeira segunda pele. A principal novidade é que é fabricado com a tecnologia Vuelta, um tecido tecnológico inovador criado pela prestigiada empresa italiana Carvico, líder no desenvolvimento de materiais técnicos para a indústria têxtil, e que é ideal para fazer do Buff Tech Fleece Hat o gorro perfeito para os desportos aeróbicos mais exigentes ao ar livre. Porquê?
Estas são as suas principais qualidades:
Por tudo o que vimos e experimentámos, o gorro Buff Tech Fleece é um dos acessórios indispensáveis para as nossas saídas de inverno mais intensas ao ar livre.
PRÓS:
MELHORAMENTOS:
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